A medida para o silêncio

No silêncio de um quarto, a sós,
Onde o tempo, suspenso, hesita,
Um mar de pensamentos, veloz,
Na calma profunda do eremita.

Sombras dançam na parede nua,
Ecos de vidas, em mutação constante,
Cada momento, uma fase da lua,
Num céu de estrelas vibrante.

Nas páginas da alma, histórias percorro,
De sonhos tecidos, verdade de ser,
Cada linha, memórias de ouro,
Lugares onde a felicidade vai nascer.

Do silêncio noturno, sábia lição,
Na quietude, a sabedoria se aninha,
Como estrelas em celeste canção,
Iluminando a noite que caminha.

No espelho, o reflexo do que sou,
Viajante do tempo, eterno aprendiz,
Nas ondas do destino que me formou,
Sou o poeta oceano, que a si mesmo diz:

Cada passo, uma nova descoberta,
Na jornada de estar, renascer constante,
Na existência, a poesia aberta,
Ao amor, o eterno diamante.

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