Olá Zé! Fiquei todo o tempo pensando que podias não estar aí dentro deitado, e que apenas por um instante por lá passaste, só para cumprir formalidades.
Acho que na verdade andavas deambulando pela sala sorrindo, sorrindo sempre, foliando na mesma festa que nós, uma festa como muitas outras que sempre organizaste para juntar os teus amigos, sem o outro objetivo que não fosse o riso e o canto.
O teu desejo está sendo cumprido, vai ser uma festa até às tantas. Há vinho, alegria, e uma comunhão feliz entre todos. Está-se bem aqui. Apetece ficar toda a noite.
Mas eu tenho que ir embora cedo, tenho um bebé em casa, muito pequeno e que quer saber coisas sobre ti.
Tenho pena mas não vou poder esperar e admirar a luz que emana das republicanas flores portuguesas do teu altar se alojar para sempre no coração dos teus amigos.
Levo o meu quinhão. É enorme. Porém será sempre ínfimo comparado com o que me deste em vida.
Obrigado!
PS. Amanhã não posso vir, mas tenho a certeza que vamos estar juntos.
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