EXCERTOS DA COLUNA DA FOLHA DE S.PAULO
É visível a fragilidade do papa Francisco. A impossibilidade de ele participar da COP28 —um marco no diálogo sobre o clima, uma de suas bandeiras— evidencia a proximidade do fim de seu papado e demanda uma reflexão sobre o perfil e as causas que definirão seu sucessor.
Este momento de anunciada transição na Igreja Católica, coincidente com a maior revolução tecnológica da história, suscita um olhar atento às dinâmicas que moldarão a escolha do próximo líder espiritual de mais de um bilhão de católicos.
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O país de origem do futuro papa será um indicativo significativo do novo caminho da igreja. A eleição de Francisco, o primeiro papa do hemisfério sul, abriu portas para uma diversificação maior, refletindo a crescente relevância de regiões como a África e a Ásia, hoje amplamente representadas entre os cardeais eleitores. Contudo, não se pode descartar um retorno às raízes europeias, dada a história e a tradição.
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A resposta aos escândalos de abuso sexual e as demandas por reformas estruturais internas, como a ordenação de mulheres e a revisão do celibato clerical, serão temas inevitáveis, mas sempre potencialmente divisivos.



“Imagens geradas por inteligência artificial (DALL·E/OpenAI), baseadas em um prompt de José Manuel Diogo”.