Menina Xima, moleque Moamba.

Esta história esteve na origem de uma coluna minha lá na Folha de S.Paulo.

Porque era Natal, esqueci a política, a sociedade, o ambiente e a economia, e dediquei-me a “cozinhar” uma fábula. Sobre língua, essa língua de todos que, como todos também sabem, é a casa onde se revelam todos sabores. Sabem? É gostoso de mais!!

Os personagens são os próprios pratos que celebram o natal como humanos. Meninos e meninas com nomes-iguaria das gastronomias de língua portuguesa, falam sobre o futuro desse território que os une porque falam a mesma língua.

O ambiente é a ceia de natal e Fernando Vatapá  destrocava assim com Constança Sarapatel – “hoje pensei que adorava a forma como cheiravas, ainda mais que o teu sabor.

E sentado à mesa todos os pratos trocam mensagens de efeito que terminam em declarações de amor

Essa foi a primeira versão, mas na Folha ficou muito melhor.


Algo extraordinário aconteceu, na noite de natal da Vila língua, os pratos típicos da gastronomia de língua portuguesa, transformados em meninos e meninas, reuniram-se para uma ceia inesquecível.

Vatapá, um jovem alegre e vibrante, olhou carinhosamente para Sarapatel, uma menina robusta e cheia de tempero. “Sabe, Sarapatel,” disse Vatapá com um sorriso, “hoje percebi que adoro ainda mais o aroma que você exala do que o seu sabor.”

Sarapatel corou, seus olhos brilhando como pimentas. “Vatapá, você sempre soube como misturar as palavras com a mesma habilidade que mistura seus ingredientes.”

Ao lado deles, Moqueca, uma garota espirituosa com um vestido colorido como os frutos do mar em seu prato, exclamou, “Vamos todos celebrar não apenas nossa as origens, mas o que nos une: a língua portuguesa e o amor!”

Feijoada, um garoto robusto e acolhedor, ergueu sua taça. “A nossa língua, que nos permite compartilhar histórias e sonhos!”

Xima, uma menina suave e delicada, acrescentou, “E o amor, que é como o tempero da vida, tornando tudo mais saboroso.”

Manjar de Coco, sempre doce e sonhador, levantou-se e propôs: “Que cada um de nós compartilhe uma mensagem de amor, como fazemos com nossos sabores.”

Um a um, os pratos falaram. Bebinka, com sua doçura típica, declarou, “Que o amor seja como o açúcar em mim, adoçando cada momento.”

Moamba, forte e decisivo, afirmou, “Que o amor seja a base, como o óleo de palma em mim, essencial e nutrindo cada coração.”

Assim, entre risos e palavras doces, os pratos, sabores e tradição com fala, partilharam mensagens de amor e esperança. E naquela noite, a ceia em Vila Fala não foi apenas uma reunião de sabores, mas uma celebração do que une uma nação: a língua, a cultura e, acima de tudo, o amor.


(a foto foi gerada no Dall-E com um prompt escrito por mim)

Conecte-se com uma comunidade que celebra as profundas relações entre Portugal e Brasil.

+

Explore temas cativantes que destacam a rica história e as colaborações bilaterais entre os dois países.

Eventos que realçam a parceria excepcional entre Portugal e Brasil.

Histórias de sucesso e lições aprendidas no mundo empresarial

Trechos exclusivos dos artigos publicados na Folha de S. Paulo

Conteúdos literários, poemas, prosas e pequenas ficções

Recomendações de livros, histórias de escritores e a magia de outros mundos

+

Continuar a ler