Conto de carnaval

Era a última tarde do carnaval e o bloco que tomava as ruas de Vila Madalena estava em plena ebulição. As pessoas dançavam e pulavam ao som frenético do frevo, enquanto os trios elétricos ecoavam nas vielas históricas da cidade.

No meio da multidão, um homem e uma mulher se olharam. Ele era alto e musculoso, vestido apenas com uma camisa branca aberta e bermuda jeans. Ela era uma morena de curvas acentuadas, com um vestido curto e decotado que deixava pouco para a imaginação.

O olhar dos dois se cruzou e um sorriso surgiu nos lábios da mulher. Sem dizer uma palavra, ela tomou a mão do homem e o puxou para a pista de dança. Ele a seguiu sem hesitação, sentindo a energia do carnaval fluir em suas veias.

O frevo tocava cada vez mais alto, enquanto eles dançavam colados, movimentando os corpos num ritmo frenético. A mulher roçava os seios no peito do homem, que sentia o calor do corpo dela através do tecido fino do vestido.

A música chegou ao ápice e os dois se beijaram com paixão. As mãos dele percorreram as curvas do corpo dela, enquanto ela agarrava os cabelos dele com força. A multidão ao redor parecia desaparecer, deixando apenas o som do frevo e o calor dos corpos.

Quando a música acabou, eles se afastaram, ainda sem fôlego. O homem ofereceu uma última saideira para a mulher, que aceitou com um sorriso. Eles se sentaram num barzinho próximo e tomaram a bebida, ainda sentindo a adrenalina do carnaval.

Enquanto conversavam, a tensão sexual entre os dois era palpável. Eles se olhavam nos olhos, imaginando o que poderia acontecer se fossem para um lugar mais privado.

Mas o carnaval estava acabando e eles sabiam que não teriam outra chance.
Com um último beijo, eles se despediram, prometendo se encontrar no próximo ano. O homem foi embora com a sensação de que havia vivido uma das noites mais intensas de sua vida, ao som do frevo e ao lado daquela mulher sedutora.

Embora “Amacord” e o Carnaval tenham origens e significados distintos, ambos são representativos da liberdade e estão associados à celebração da vida e da alegria.

O filme de Fellini retrata a vida cotidiana dos habitantes de uma cidade italiana e suas experiências em torno da comida, do amor, do trabalho e da família, enquanto o Carnaval é uma festa que celebra a renovação e a alegria, em que as pessoas podem se vestir e se comportar de maneira diferente do que é esperado em seu dia a dia.