Caro Irmão de Língua,
Nesta carta, escrita por um homem branco europeu, busco uma reflexão profunda sobre nosso mundo compartilhado. Reconheço que não quero perpetuar as sombras do passado, nem ser definido por um legado de ignorância.
Hoje, olho para trás e vejo os erros e os pecados cometidos em nome de preconceitos e privilégios que não escolhi, mas dos quais, infelizmente, também me beneficiei. Esses pecados não me definem, mas é minha responsabilidade enfrentá-los.
Não quero ser aquele que fecha os olhos para a desigualdade e a injustiça. Quero ser aquele que escuta, aprende e age em solidariedade com aqueles que enfrentam discriminação e opressão, que se esforça para ser um aliado em vez de um espectador passivo.
Desejo um mundo onde não existam muros entre nós, mas pontes que nos permitam cruzar fronteiras culturais e raciais, compreendendo as vozes silenciadas e os sofrimentos alheios. Não quero morrer como alguém que ignorou a diversidade e a beleza de nosso planeta, mas como alguém que contribuiu para a construção de um lugar mais inclusivo e justo para todos.
Em nossas palavras compartilhadas, busco a compreensão mútua e a empatia. Que esta carta seja um começo, um compromisso com a mudança e uma renovação do entendimento entre nós, irmãos de língua, em busca de um mundo melhor.
Com respeito e esperança,
José Manuel
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