Em sua homenagem, foi instituído o Dia Internacional da Mulher Indígena em 5 de setembro. Sua luta e sacrifício continuam inspirando muitos movimentos indígenas e feministas até hoje.

Bartolina Sisa foi uma líder indígena de grande destaque na história da resistência contra os colonizadores espanhóis na Bolívia. Ela nasceu por volta de 1750, na região de Sica Sica, e pertencia à nação Aymara.

Bartolina Sisa é mais conhecida por seu papel na grande rebelião de 1781 contra a dominação espanhola. Juntamente com seu parceiro Túpac Katari (ou Julián Apasa), ela liderou um cerco à cidade de La Paz, que durou cerca de seis meses, e reuniu milhares de indígenas em oposição ao domínio colonial.

A resistência indígena representou uma grande ameaça ao poder colonial na região, e as forças espanholas responderam com brutalidade. Em 5 de setembro de 1782, depois de ser capturada pelos espanhóis, Bartolina Sisa foi brutalmente torturada e executada em público.

Sua morte, porém, não silenciou sua memória. Bartolina Sisa tornou-se um símbolo de resistência para os povos indígenas da América Latina e, em sua homenagem, foi instituído o Dia Internacional da Mulher Indígena em 5 de setembro. Sua luta e sacrifício continuam inspirando muitos movimentos indígenas e feministas até hoje.

Bartolina Sisa Vargas (c. 1750 – 5 de setembro de 1782) foi uma heroína indígena aimará^[1] que liderou numerosas revoltas contra o domínio espanhol em Charcas, então parte do Vice-Reino do Peru (atual Bolívia). Ao lado do marido, o líder indígena Túpac Katari, ela participou da organização dos acampamentos militares indígenas que integraram o cerco de La Paz.^[2] Foi traída e entregue às autoridades espanholas, que mais tarde a executaram.

Em homenagem à data de sua morte, desde 1983 comemora-se em 5 de setembro o Dia Internacional da Mulher Indígena.^[3] Muitas entidades ligadas aos índios na Bolívia adotam frequentemente seu nome, como a Confederação Bartolina Sisa, a principal organização de mulheres campesinas no país.