Portugal. Que país sem povo?

Portugal enfrenta uma realidade inquietante. Com mais de 850 mil a atravessar fronteiras em busca de oportunidades, e um terço das suas mulheres em idade fértil a residir no exterior, a nação lusa está estagnada na maior e mais crise demográfica da sua história.

A situação é desesperada, esta fuga de cérebros e de potencial reprodutivo não é apenas uma estatística alarmante; é um grito de socorro de uma nação que se esvazia.

O Pico da Emigração: Um Reflexo de Desesperança?

Os dados do Observatório de Emigração mostram que mais de 850 mil portugueses, com idade entre os 15 e os 39 anos, deixaram o país rumo ao estrangeiro e que quase um terço das mulheres portuguesas em idade fértil está no exterior.



Desde 2001 saíram de Portugal, em média, mais de 75 mil pessoas por ano, tendo o pico sido atingido em 2013, ano em que 120 mil portugueses deixaram o país. No total, há cerca de 2,3 milhões de portugueses a viver no exterior.

2013 o ano de todos os êxodos


O ano de 2013 ficou marcado na história portuguesa como o ponto alto desta sangria demográfica – 120 mil portugueses disseram ‘adeus’ à terra natal. Este número não é apenas um reflexo da busca por melhores condições de vida; é um indicativo da desesperança que permeia a juventude portuguesa. Uma geração inteira se vê obrigada a olhar para além das fronteiras nacionais para vislumbrar um futuro promissor.

Natalidade e migração: os pilares do futuro

Em face desta crise demográfica, a discussão sobre políticas de natalidade e migração não pode ser adiada. Portugal precisa não só de incentivar o retorno dos seus emigrantes, mas também de adotar políticas que fomentem a natalidade. Estamos a falar de medidas que vão além de simples incentivos financeiros; é necessário criar um ecossistema onde os jovens vejam Portugal não só como sua terra natal, mas como a terra das oportunidades.


Se o ano de 2013 ficou marcado na história portuguesa como o ponto alto desta sangria demográfica – 120 mil portugueses disseram ‘adeus’ à terra natal ele pode não ter representado o ápice da tendência.

Este número não é apenas um reflexo da busca por melhores condições de vida; é um indicativo da desesperança que permeia a juventude portuguesa. Uma geração inteira se vê obrigada a olhar para além das fronteiras nacionais para vislumbrar um futuro promissor.

Natalidade e migração: os pilares do futuro

Em face desta crise demográfica, a discussão sobre políticas de natalidade e migração não pode ser adiada. Portugal precisa não só de incentivar o retorno dos seus emigrantes, mas também de adotar políticas que fomentem a natalidade. Estamos a falar de medidas que vão além de simples incentivos financeiros; é necessário criar um ecossistema onde os jovens vejam Portugal não só como sua terra natal, mas como a terra das oportunidades.

Não há tempo a perder

A ironia da situação é que Portugal, um país com uma das mais ricas histórias de descobrimentos, está a perder o seu maior tesouro: o seu povo. Já não há tempo para retórica vazia ou para políticas meias-tintas. A necessidade de ação é agora. É imperativo abordar esta questão com a seriedade que ela exige, implementando políticas robustas que revertam este êxodo e revitalizem a demografia portuguesa.

Mas relógio demográfico não para. Cada dia que passa sem ação efetiva é mais um passo rumo a um futuro incerto para Portugal. A nação que outrora desbravou mares desconhecidos agora enfrenta um desafio interno – o de manter e nutrir a sua própria população. O debate sobre as políticas de natalidade e migração não é apenas necessário; é urgente. Portugal, está na hora de agir.

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