“É tudo uma questão de perspectiva,” disse, como se tivesse acabado de aprender a voar.
Ela convocara o encontro não por falta, mas por excesso, por alguma urgência nova que vinha de ter demasiado dentro, de não haver vazio.
Falava como quem entende a muralha vista de fora, estando dentro, como quem inventa sonhos de cravos vermelhos sem conhecer a liberdade
E eu a ouvia, querendo também voar.
Essa urgência é a chave para as portas que ainda não tenho abertas em mim.
As estrelas seriam as mesmas de sempre, viajaram juntas do hemisfério sul, cada uma ponto, dois pontos, vírgula, constelação.
Podemos juntos olhar o céu.