Ser ilógico é a verdade última,
um círculo que nunca se fecha,
um número irracional que insiste em existir
mesmo quando a equação despede sua presença.
Fragmentos calculam-se no espaço,
linhas cortam o vazio como gráficos sem eixo,
mas o coração, lógica arrancada de mim,
permanece conjunto e solução.
É a hora sem sentido, o absurdo.
Bate porque foi feito para bater,
mesmo quando perdeu sua condição, mesmo quando o infinito se tornou apenas ruído.
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