Fogo santo

Na penumbra que antecede a noite, o sol em seu leito se deita, céu e terra em cores de açoite, num crepúsculo que a alma aceita.

Araucárias, sentinelas do crepúsculo, silhuetas contra o brilho morrente, guardiões de um instante maiúsculo, onde o dia se despede lentamente.

Vermelhos, laranjas e amarelos, se entrelaçam em um balé celeste, despedida do astro rei, puro e belo, no horizonte, um espetáculo agreste.

E enquanto a luz se esvai eu pondero, no silêncio que a escuridão traz, a beleza fugaz que eu venero, poente que se desfaz.

Ao cair da tarde mais tranquila, a natureza me ensina com brandura, que após a escuridão, nova força se anuncia, e em cada ocaso, se promete a alvorada futura.


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