A entrega do Prémio Camões a Chico Buarque foi o momento mais simbólico da cúpula que reuniu os governos de Portugal e Brasil sete anos depois, mas possui uma importância ainda maior.
Maior do que a celeuma causada pelas declarações polémicas de Lula sobre a guerra da Ucrânia. maior do que as manifestações que a extrema-direita portuguesa prometeu grandiosas, mas acabaram sendo insignificantes.
Maior do que a importância do extraordinário aumento de imigrantes brasileiros em Portugal que está mudando a demografia – e talvez a cultura – do “velho” país europeu. maior do que as palavras de simpatia e colaboração trocadas durante os três dias em que Portugal e Brasil se tornaram um só.
Maior do que as palestras da Casa da América Latina em Lisboa, os diálogos Além-mar do FIBE ou o Projeto de Cidadania da Língua da Associação Portugal Brasil 200 anos.
É maior do que o sucesso dos 13 acordos assinados que elevam a nossa relação a outro patamar.
Esse momento mágico, longamente refletido nos espelhos do Salão dos Atos do Palácio Nacional de Queluz, onde D. Pedro I nasceu e morreu 34 anos depois de ter transformado o mundo, tem uma importância ainda maior.
O premio finalmente entregue a chico Buarque coloca portugal e o Brasil num tempo onde tudo parece ser novamente possível
Uma nova era de juventude.
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