A ignorância nunca foi um impedimento para o poder; às vezes, é sua condição essencial.
No cerne da guerra de Trump contra o conhecimento está a tentativa de domesticar o pensamento crítico.
Sabedor de que as universidades formam cidadãos e não súditos, Trump procura silenciar as vozes que desafiam suas narrativas e propor novas gerações moldadas não pelo debate, mas pelo dogma. A ciência, a filosofia, a história, a literatura — todas passam a ser vistas não como expressões da pluralidade humana, mas como ameaças à homogeneidade desejada.
O mais inquietante, porém, não é o ataque em si, mas a naturalização da violência simbólica contra a inteligência. Quando o livre pensamento é punido em nome da liberdade e o conhecimento é desacreditado em nome da verdade, a própria ideia de sociedade aberta é posta em xeque.
Trump não é apenas um líder em guerra com seus opositores. É um político em guerra com o futuro — pois onde o conhecimento é sufocado, a barbárie sempre vence.
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