Voltar ao lugar que ajudei a criar é um dos gestos mais simbólicos e emocionantes que posso experimentar. Não é apenas uma visita; é um retorno ao início, ao ponto onde sonhos foram lançados ao vento e começaram a ganhar vida própria. Voltar ao FOLIO, o festival que um dia imaginei e ajudei a construir, me faz mergulhar em uma espiral de memórias e realizações que ultrapassam a minha própria contribuição.
Ver o festival pulsar, crescendo com o tempo, e perceber que ele é hoje muito mais do que o que foi sonhado, é um privilégio único. Ele tomou vida, se expandiu, se entrelaçou com a cultura e a literatura de tantas outras mentes criativas, tornando-se um espaço onde ideias florescem, onde o novo se encontra com o antigo, e onde a palavra ganha asas.
Voltar ao FOLIO não é simplesmente reencontrar um lugar; é revisitar uma parte de mim mesmo, reconhecer o caminho percorrido e, ao mesmo tempo, celebrar o quanto ele se distanciou da origem, tornando-se algo maior, coletivo, e vibrante. É, em última análise, o prazer de ver que o que plantamos cresce, prospera e se reinventa a cada edição.
No fim, voltar ao FOLIO é um reencontro com o que nos faz humanos: o desejo de deixar um legado, de ver o conhecimento e a arte tomarem rumos que sequer poderíamos imaginar. Esse festival não é só uma criação; ele é um ponto de partida contínuo, uma jornada literária que carrega pedaços de quem somos e para onde podemos ir.
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