Ato I
O Chamado das Eras
O teatro está vazio, salvo por Nelson Monforte no centro do palco, folheando um livro antigo. Luzes tênues iluminam seu rosto concentrado.
Monforte:(Levantando a cabeça) Ah, Camões, que mistérios tu vislumbras nas dobras do tempo? (Ele fecha o livro com um baque surdo.)
(A luz muda para um tom azul profundo. O espírito de Camões aparece, envolto em brumas.)
Camões: Nelson Monforte, o passado clama por ti. A história e a fantasia devem se entrelaçar numa nova trama.
Monforte: (Assentindo) Vou tecer tal tapeçaria, mestre. Mas como começar?
Camões: Com a verdade dos sonhos. Deixe o Rei Sebastião ouvir o chamado do destino.
(Camões desaparece. Luzes de cena brilham sobre um trono, onde Dom Sebastião aparece, impetuoso.)
Dom Sebastião: (Erguendo-se) Por glória e império, marcharemos até Alcácer-Quibir!
Monforte: (Murmurando para si mesmo) E assim começa o nosso espetáculo…
Ato II
A Convocação dos Heróis
O palco se transforma em um porto marítimo. Marinheiros preparam caravelas; entre eles, Vasco da Gama e Nuno Álvares Pereira, ambos irradiando uma aura de heroísmo.)
Vasco da Gama:O mar nos chama para uma nova jornada, mas desta vez, sob o céu de batalha.
Nuno Álvares Pereira: (Com uma espada desembainhada) E em terra, lutaremos até que a última sombra de dúvida seja dissipada.
(Uma luz branca cintila e Camões se materializa, olhando para o portal mágico que se abre.)
Camões: (Com voz forte) Através deste portal, o passado e o presente se unem!
(Os heróis marcham através do portal, e o palco escurece.)
Ato III
O Entrelaçar dos Destinos
A cena é um campo de batalha. Dom Sebastião https://josemanueldiogo.com.br/espelhos-do-tempo-a-saga-de-camoes-e-o-rei/e seus novos aliados enfrentam um inimigo invisível. O som do aço e o clamor dos homens preenchem o ar.)
Dom Sebastião: (Comandando) Por Portugal, pela honra, avancem!
(Camões observa, sua expressão pesada com o conhecimento do que está por vir.)
Camões: (Para si mesmo) O que ganhamos quando mudamos o curso de um rio? A água não flui da mesma forma?
Ato IV
O Sacrifício do Vidente
Dom Sebastião: (Contemplativo) A verdadeira batalha foi contra o orgulho. Camões, seu sacrifício não será esquecido.
Ato V
O Legado Imortal
O palco volta a ser o teatro. Monforte está no centro, com Camões ao seu lado. O público é visível, cada rosto refletindo a jornada que testemunharam.
Monforte:(Proclamando) A vida é o nosso teatro, e cada escolha é um ato de criação!
Camões: (Com um sorriso triste) E cada história, um espelho do tempo.
(Eles se curvam juntos enquanto as cortinas se fecham. O público aplaude.)
– Fim –