Cabaça da existência na 2ª Fliparacatu
Orum e Aiyê são formas de existência.
Orum, impalpável-imaterial. Aiyê, palpável como as ráfias das árvores-palma.
Orum e aiyê um dia estiveram unidos na Igbá – odu ou cabaça da existência.
Mas divisão e até contraposição entre um e outro é a forma atual, algo de um pluriverso tanto unido-dividido, como se houvesse um corte de faca entre a parte superior e a parte inferior da cabaça.
Agora, ou se existe na forma aiyê, ou se existe na forma orum.
Na foto, estou com o jornalista José Manuel Diogo durante a 2ª Fliparacatu numa forma que chamarei de “cabeças ao orum e pés ao aiyê”.
Suponho que “cabeças ao orum e pés ao aiyê” diga de uma compreensão corpóreo-concreta – imagética de que a existência circular da cabaça se dá apenas em face de sua divisão, o que não significa contra-posição. “É Nós”, nome do projeto “encabaçado” por Manuel, dá conta dessa tentativa.
Muito obrigada Manuel por esse lindo registro.”
Obrigado querida Eliane por esse lindo texto
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