Sesc é laboratório de ideias, centro de pesquisa e modelo de liberdade
Entre trabalhos e projetos culturais, que tenho vindo a realizar ultimamente em Portugal, dei por mim a pensar no Sesc. Contemplei a sorte que o Brasil tem em ter uma instituição que apoia tanto a sociedade civil.
” Todas as nações sem uma estrutura análoga ao Sesc são mais pobres por isso “.
Nas últimas duas décadas, a organização virou-se, também, para a cultura e as suas contribuições são de notar. No Brasil existe uma plataforma com extensão e relevância suficiente para apoiar, financiar, acolher e montar projetos culturais de praticamente qualquer área.
Contudo, é preciso um plano e é necessário critério e qualidade, mas eu vejo isso como uma vantagem. O Sesc procura expandir os horizontes de quem tem uma história que mereça ser contada, um património a ser protegido ou uma inovação com impacto real.
Se vale a pena ser feito o Sesc arranja um jeito de fazer acontecer. Esta iniciativa, receptividade e vontade de apoiar aqueles que não desistem de trabalhar “numa área que não dá dinheiro” tem de servir de exemplo a outros países na comunidade língua portuguesa e até do mundo inteiro.
Analogamente, pensei também nos meus primeiros anos enquanto estudante de jornalismo. No impacto que os meus mestres tiveram na minha pessoa e na minha maneira de estar e perceber o mundo.
Nesse sentido, senti saudades da minha antiga alma mater e de uma aula em particular, que me invadiu a memória e me impulsionou a escrever sobre ela. Aprendi a lição de novo e colhi os frutos maduros da semente que o meu mestre plantou.
Todas as nações sem uma estrutura análoga ao Sesc são mais pobres por isso. Entre nostalgia do meu Brasil e da Universidade de Coimbra, convido os leitores a lerem o artigo que escrevi na minha coluna da Folha de S.Paulo, sobre este mesmo assunto.
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