No canto de concreto, brotam ternuras,
Entre colossos de vidro, pulsa a vida.
Quieta, na sombra das estruturas,
A alma canta, serena, desinibida.
Murmúrios de bondade rasam ares,
Nos altos lares, corações repousam.
O dia flui em toques singulares,
Onde almas, em paz, se pousam.
Abraços, sussurros, olhares atentos,
Entrelaçam seu destino ao firmamento.
É arte de viver, suaves momentos,
Paz, harmonia e um doce alento.
No calor do dia frio a esperança
Em forma de gesto, simples, cresce.
E o amor, qual brisa mansa,
Desliza, e a sorte aparece.
Um sereno cântico, num agosto claro,
Invade os espaços, dança no vento.
E no soar de cada ato raro,
A vida se revela, em pleno movimento.
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