Assédio Sexual

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Assédio Sexual
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Este é um tema sobre o qual é obrigatório escrever, por mais incoveniente que o tema seja ou muito próximas as pessoas visadas.

A história caiu na rua e ainda muita tinta correrá sobre o livro que contém a denúncia, a coragem das estudantes que o escreveram ou a suspeitas há muito tempo caladas no meio académico sobre os presumíveis implicados. Isso já todos sabem e poderá ser encontrado em toda a parte.

Mas também todos sabemos que nenhum direito de resposta lava uma honra perdida e, por isso, temos de acreditar que o escrútinio feito pelos editores e jornalistas antes da publicação dessas notícias foi absolutamente rigoroso. Reputação é tudo. E todos são inocentes até se provar o contrário.  

Posto isto, é preciso dizer que o assédio sexual, moral, ou qualquer outra forma de abuso de poder é terrível em qualquer situação. É uma mostruosidade ainda maior quando existe uma relação de algum tipo dependência entre o agressor e o agredido, geralmente mulheres.

Há quem diga que assédio sexual não é um assunto de género, mas sim de poder, e que também existe assédio no sentido inverso, o que seria inteiramente verdade se não vivessemos numa sociedade que ainda é marcadamente machista.  

As evidências sobre isso multiplicam-se e não faltam inacreditáveis sentenças de tribunal a dignificar coutadas de macho lusitano, nem outros machos que se digam feministas só porque é moda. 

Mas se é verdade que nas teses de doutoramento e nos ensaios universitários as ideias até podem viver sem sujeito, nos romances policiais e nos filmes de terror sem sujeito nem sequer há narrativa. Muito menos crime.


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